quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Imortalidade chegou ao fim...

2007. Santos x Grêmio. Semifinal da Libertadores. Depois de perder por 2 a 0, os santistas precisavam ganhar por 3 gols de diferença. Diego Souza, que na época jogava no Sul, abriu o placar. Para avançar às finais, agora o Santos precisava fazer 4 gols. Renatinho, atualmente no Kawasaki Frontale, do Japão, marcou dois; e Zé Roberto, meio-campo pentacampeão do mundo, fez outro. Mas, não foram suficientes. E o Santos, dava adeus à competição.E era eliminado em casa.

2010. Santos x Grêmio. Semifinal da Copa do Brasil. Mais uma vez, os gaúchos, vieram com a vantagem. No primeiro jogo, 4 x 3. Na noite de hoje, a missão do Santos era mais simples do que há 3 anos atrás. Uma vitória por um gol de diferença garantia o time da Vila na decisão. E quando a bola rolou, a primeira sensação era de que o mesmo final de 2007 poderia se repetir. O time de Silas, sobrava em campo. Pressionava com Hugo, Jonas, Douglas... Mas, quem tem craque não fica desamparado.
     Assim como Ganso, fez recentemente na final do Paulista, dizendo pra Dorival Jr, que não sairia do gramado. Hoje, foi Robinho quem chamou a responsabilidade. Convocou os mais de 15 mil santistas a entrarem em campo. E deu certo. Foram dois tempos completamente diferentes na Vila. Os últimos 45 minutos, mostraram porque o Peixe é o time dos 113 gols na temporada.
     Ganso, havia voltado a si. O lapso de todo o time na primeira etapa, não poderia atingir um dos maiores jogadores da atualidade. E após tabela com Neymar, do meio da rua marcou um golaço daqueles de deixar até torcedor adversário de boca aberta. Alias, era só o primeiro, de outros tão primorosos quanto. E um detalhe: um gol, daqueles pra Dunga nenhum botar defeito.
     E como eu já havia dito. Robinho, comandou o time em campo. E merecia ser coroado com um gol. Coube, agora a André, dar um belo toque de lado pra Robinho, encobrir Victor, sem chances de defesa.
     Grêmio, o "Imortal" não poderia cair tão fácil. E fez um gol, na falha de Felipe que soltou a bola. 2 x 1. Por um momento na cabeça do torcedor era impossível não recordar de 2007. Gol bonito não ganha jogo. Se o Tricolor gaúcho, empatasse, tudo iria por água abaixo.
     Só que em time de craques, o toque de bola faz a diferença. E foi quando, Wesley, fez um gol tão bonito quanto os outros, porém, neste momento, mais importante, pois classificava o Santos. E melhor, tirava o trauma dos santistas. E calava o Grêmio. Que de Imortal, se contentou em ser apenas mais um rélis mortal. Vítima do ataque incansável dos santistas. 3 anos depois, os 3 gols da noite, davam ao Santos a vaga na final contra o Vitória.
     Para o zagueiro Edu Dracena, também calava a boca dos gaúchos, que polemizaram o duelo durante a semana. Na coletiva, um tom de fúria misturado ao alívio. Raiva com quem substimou o Santos. Íra com Jonas, que junto do defensor santista saiu de campo expulso. Edu está fora da final, por estar suspenso;. Jonas, desclassificado.
     E num belo ato de gratidão. O elenco santista dedicou a vitória a Rodrigo Mancha, que fez uma péssima aparição no primeiro jogo da semifinal. Além de saudar o companheiro, a torcida também tirou um peso das costas e viu que o time não precisa da fama de Imortal para ser Supremo no palco, que hoje viu uma dança diferente de três anos atrás. E este ritmo agradou muito mais...

Um comentário:

  1. Como é bom ver uma são paulina falando bem do meu time... pensei que não viveria pra ver isso... Parabéns pelo blog, Rafinha. Jornalista é isso aí, tem que ser imparcial. E pra não perder a oportunidade, parabéns pela atuação do seu time...ele também fez bonito na Libertadores!
    Beijão

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